A minha praia

Há sempre mais uma onda que chega a esta praia.
Cada onda (mais algas, piranhas, alforrecas, conchas...) em mim desmaia.
As algas atrapalham e amarram-me.
As piranhas e as alforrecas invadem-me até estar de rastos.
As conchas chegam e batem-me na cabeça até perder os sentidos.
O vento passa e nem me presta atenção, é como se não estivesse ali.
Só o sol permanece, estático, a olhar para mim sem me ver.
Ele é cego. Mas também não quero que este me veja.
Quando desistem de me atacar...
Eu recupero o ânimo e a paz, mas depressa outra onda torna a chegar.
De novo me tornam a derrubar.
É assim a minha praia. Deserta, despida de qualquer maresia.
Durante a noite refugio-me nas rochas, e escrevo poesia.
Mas, se um dia, a maré sobe e me assaltam pela escuridão,
Não vou ter o brilho e luminosidade do sol para me acordar e ajudar.
Depois de me agredirem vão-me abandonar lá, por entre a vastidão dos penedos e da noite.
Na aurora, quando voltarem, em mais uma onda, já não vão ter quem derrubar.
Finalmente, vou descansar!
gfsf (19 /11/2005)

1 Comments:
Olha só uma perguntinha, andas a inspirar-te onde?? nesse ritmo fernético de quem desepera por algo de energético com a ansia de kem espera por algo ou alguem k lá está ouu estará sem ninguem por perto arrebatará um olhar, um suspiro, um murmurio, uma palavra, um gesto, de quem amo e não detesto!!!
ou seja o k keria dizer é k neste ritmo ainda tiras o lugar ao saramago e arriscaste a ser internacinalmente conhecida. Fica bem e como sempre espero k gostes ;)
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