Siena

Hoje só vou falar de coisas boas!
Fomos a Siena. Uma cidade a 1 hora e meia daqui. Espantosamente bonita, na minha opinião, bem mais bonita que a tão falada Florença.
A viagem de comboio foi maravilhosa, e em cada curva existia uma nova boa surpresa. Campos e campos verdejantes, estradas em terra batida cujo o cheiro de sentia, cheias de curvas e ladeadas por cedros altos e afunilados. Tudo como se vê nos filmes. Uma vez por outra um castelo, uma cidade fortificada no topo de uma colina. Esta era Monteriggioni. Pena por não haver tempo de poder contemplar todos os pormenores, todas as muralhas, castelos, castelinhos, todas as casas e quintas que por ali existiam.
Eis que chegamos a Siena. Dizia a placa. Uma estação perdida no tempo. Tudo ali parecia pacífico, quieto e parado. Parecia que tínhamos realmente regressado ao passado. Pegamos nas bicicletas e pedalamos colina a acima até encontrarmos a muralha da cidade. Todas as casas num tom castanho claro, tão característico de Itália, até que a inclinação se tornou insuportável e continuamos a pé. Estacionamos as bicicletas junta a uma pequena igreja e mais uma vez colina a acima começamos em busca de cultura e de uma época medieval que nunca terminou e que continua perseverante naquela cidade.
Começamos por percorrer ruas sem saber muito bem por onde andávamos, como em todos os locais pela primeira vez. Depois tantas estátuas vermos com a loba a alimentar Rómulo e Remo, desaguamos por um pequeno túnel na mais imponente praça da cidade: Piazza del Campo! Aqui de dois em dois anos fazem-se corridas de cavalos desde à séculos, com o intuito de apostar e divertir toda a população. Quando ali cheguei verifiquei logo a acústica, aquela praça quase circular que permite assim grandes espectáculos. O palazzo publico imponente pela sua torre, também serviu, hoje, para um casamento. A noiva invulgar, mas sobretudo feliz!
Aqui tiramos algumas fotos, repousamos e respiramos aquele ar medieval. Deixamo-nos involver pelo ambiente tranquilo e fresco que se vivia.
Depois de, sentadas em plena praça, delinearmos o plano de ataque à cidade, rumamos ao Duomo. Aí existe uma arquitectura fenomenal. Todo o chão da catedral e esculpido em mármore. Numa pequena sala, encontra-se ainda uma grande pintura alusiva ao casamento celebrado pelo papa PioII entre D. Leonor de Portugal e um outro qualquer italiano.
De seguida estavamos esfomeadas pelo que procuramos algo rápido e delicioso para comer. Encontramos um cantinho mesmo acolhedor e deliciosíssimo. Uma loja de produtos típicos e regionais. COmemos umas pizzas extraordinárias. Aliás eu comi duas: uma de azeitonas e outra de fiambre. A sra era muito simpática por isso levamos um bocado de tempo, sentiamo-nos bem. Depois disto fomos até ao baptistério onde podíamos ver as fantásticas pinturas do tecto com pequenos espelhos disponíveis. Entramos na crípta com relíquias religiosas e depois no museo dell'opera. Aqui, fenomenal, pudemos subir a uma parte do duomo inacabada, O duomo estaria planeado para ser o maior da península ibérica, contudo devido à peste permaneceu inacabado. Aqui A paisagem é brutal, quase tão alto como a torre da câmara municipal, consegue-se visualizar toda a cidade, a piazza dell campo, as 17 contrades (paroquias que dividem a cidade) e todo um maravilhoso verde ondulante até que o horizonte me alcança os olhos. Deixei-me estar aqui sentada uns bons minutos. Observando, absorvendo aquele quadro e imaginando o quanto gostava de o partilhar com todas as pessoas que amo. Absolutamente Incrível!
De seguida, e só porque o tempo se estava a esgotar, partimos até ao santuário e casa de Santa Catarina (a minha avó gostaria de estar aqui, a sua santa devota, zelava pela capela em honra da mesma na sua aldeia, ainda antes de partir me disse que deveria casar lá). Uma igreja acolhedora em sua honra, meninos de catequese de San Gigminano(uma cidade perto de Siena)escutavam atentamente e participativamente uma irmã.
Depois descemos até uma fonte FonteSbrana. O meu joelho já se queixava de tanto relevo num só dia, mas eu não o queria ouvir e continuei. A fonte era deliciosa, bonita-, a água límpida e clara, existiam peixes gordos de várias cores.
De seguida, mais uma caminhada escadaria acima, até à basílica santa Catariana de S. Domenico (e começa a chover com um sol estupendo. Estava tanto calor que até aquelas gotas sabiam bem nos corpos quentes do sol). Aqui a cabeça de santa Catarina, assim como o seu dedo, são mantidos desde o ano de 1300 e pouco aquando da sua morte. Depois fomo-nos encaminhando para o local das nossas bicletas, ainda paramos para comer gelados típicos e artesanais, assim como para visistar a igreja de s. francesco. Depois colina abaixo de bicicleta foram 10 minutos até à estação de comboio esquecida no tempo. Regressamos ao comboio que nos encaminhava de novo para Pisa. O pôr do sol acompanhou-nos toda a viagem e senti-me feliz por este dia tranquilo e feliz. Quando chegamos a Pisa a noite caía e agora era hora de regressar a casa.